domingo, 28 de novembro de 2010


A vela sempre teve um significado especial para o homem, sobretudo porque antes de ser descoberta a eletricidade ela era a vitória contra a escuridão da noite. À luz das velas São Jerônimo traduzia a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, nas grutas escuras de Belém onde Jesus nasceu.

Em casa, a noite, quando falta a energia, todos correm atrás de uma vela e de um fósforo, ainda hoje.


Acender velas nos faz lembrar também a festa judaica de “Chanuká”, que celebra a retomada da Cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos do rei Antíoco IV.

Antes da era cristã os pagãos celebravam em Roma a festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no solstício de inverno, em 25 de dezembro. A Igreja sabiamente começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios a salvação. É a festa da luz que é o Cristo: “Eu Sou a Luz do mundo” (Jo 12, 8). No Natal desceu a nós a verdadeira Luz “que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1, 9).

Na chama da vela estão presentes as forças da natureza e da vida. Cada vela marca um ano de nossa vida no bolo de aniversário. Para nós cristãos simbolizam a fé, o amor e o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus Menino.

Nessas quatro semanas somos convidados a esperar Jesus que vem. É um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, a Igreja nos faz lembrar a espera dos Profetas e de Maria pelo nascimento de Jesus.

A Coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Filho de Deus humanado.

A Coroa é composta de quatro velas nos seus cantos presas aos ramos formando um círculo. O círculo não tem começo e nem fim, é símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno do Cristo. A cada domingo acende-se uma delas.

As quatro velas do Advento simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo do Advento, acendemos a primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. Cristo desceu a Mansão dos mortos para dar-lhes o perdão. No segundo domingo, a segunda vela, acesa como primeira, representa a fé dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, que creram na Promessa da Terra Prometida, a Canaã dos hebreus; dali nasceria o Salvador, a Luz do Mundo. A terceira vela, acessa com as duas primeiras, simboliza a alegria do rei Davi, o rei que simboliza o Messias porque reuniu sob seu reinado todas as tribos de Israel, assim como Cristo reunirá em si todos os filhos de Deus. É o domingo da alegria. Esta vela têm uma cor mais alegre, o rosa ou roxo claro. A última vela simboliza os profetas, que anunciaram um reino de paz e de justiça que o Messias traria. É a vela branca.

Tudo isso para nos lembrar o que anunciou o profeta:

“Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor”. (Is 11,1-2)

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. 3. Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã. Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das chamas; porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz. Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos” (Is 9,1-6).

Professor Felipe Aquino

É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”.

sábado, 27 de novembro de 2010

III Encontrão do Evangelizarte

         O Grupo EVANGELIZARTE, da Paróquia Santíssimo Salvador, promoverá o III Encontrão do Evangelizarte, o qual terá como tema lúdico “Os Embriagados”. O referido evento acontecerá no dia 05 de dezembro, das 08h às 17h, no Colégio Djanira Tavares (próximo ao Raul Córdula).
O grupo está comemorando 05 anos de caminhada evangelizadora e a cada ano promove um encontrão que possui tema, fundamentação bíblica e tema lúdico e, esse ano o tema baseado bíblicamente em Ef 5, 18 ( “Não vos embriagueis de vinho, que é fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito.”) , remete-nos a  uma reflexão muito profunda.
          No encontrão, abordar-se-á o tema através de  orações, louvores, animações, dramatizações, palestras, testemunhos, adoração e Missa.
          Todos estão convidados...Participem e sejam muito bem vindos.

           Durante o evento teremos barraca de lanches, para arrecadar fundos para as atividades do grupo.


A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB se reuniu, nesta sexta-feira, 26, com o Grupo de Reflexão Catequética (GRECAT) e o Grupo de Reflexão Bíblica Nacional (GREBIN), na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília (DF), para preparar o Congresso de Animação Bíblico-Pastoral e avaliar as atividades dos últimos quatro anos.


“O Congresso será uma oportunidade para aumentar a centralidade da bíblia nas pastorais, e, especialmente, na catequese”, disse o bispo de Pelotas (RS) e membro da Comissão, dom Jacinto Bergmann. Este será o primeiro Congresso de Animação Bíblico-Pastoral, que acontecerá de 8 a 12 de outubro de 2011, em Goiânia (GO). A programação, que ainda está sendo definida, constará de palestras, estudos e leitura orante da bíblia. Os outros detalhes serão divulgados brevemente pela Comissão.

Ainda durante o encontro, os participantes fizeram uma avaliação das atividades da Comissão no último quadriênio (2007-2010), recordando alguns dos projetos realizados, como a 3º Semana Brasileira de Catequese, que aconteceu em outubro de 2009, e o projeto “Lectionautas”, que visa incentivar a leitura da bíblia através da internet.

“A importância dessa reunião é a avaliação da caminhada da Comissão durante este período, além da reflexão sobre a animação bíblica da pastoral da Igreja no Brasil, motivados pela exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini”, disse o presidente da Comissão e bispo de Goiás (GO), dom Eugênio Rixen.

O encontro da Comissão com os dois grupos de reflexão termina hoje, mas o Grebin continua sua reunião até o domingo, 28, da mesma forma que o Grecat esteve reunido nos dias 24 e 25.



Ministério Adoração e Vida - Renda-se

domingo, 21 de novembro de 2010

XXX Assembléia Diocesana de Pastoral.

   
       Iniciamos os trabalhos na quinta, dia 11, e concluímos neste sábado dia 13. A Assembléia Diocesana de Pastoral contou com a participação de cerca de 250 pessoas, entre padres, religiosas, seminaristas, diáconos, catequistas e representantes dos Zonais e das dimensões.
       O aprofundamento foi motivado pelo Pe. Lúcio Zorzi, autor de livros que tratam do Catecumento e Iniciação à Vida Cristã e que veio também partilhar sua experiência de atividades desenvolvidas na sua
Paróquia São João Evangelista, Arquidiocesece do Rio de Janeiro.

       Durante sua explanação ele destacou que: “a missão e a iniciação cristã são facetas da mesma moeda”. Destacou também que os padres e os catequistas devem usar a criatividade e o senso pastoral na implantação desta nova experiência.
       Ao ser perguntado sobre quais os primeiros passos a serem dados na implantação do catecumenato, afirmou que “o primeiro passo é estudar. Se agente não tem firmeza nas coisas, melhor não dar este passo, portanto, o padre se não tem ainda o RICA (Rito de Iniciação Cristã de Adultos) tem adquiri-lo e estudar (...) e ter firmeza e espírito missionário. Tudo é bem feito com espírito de paixão...”. Ele também destacou a importância da articulação diocesana e da elaboração de diretrizes para dar firmeza e unidade ao projeto.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MINISTÉRIO DA COORDENAÇÃO

O Ministério da Coordenação é um serviço que suscita e integra através de ações concretas as forças vivas da catequese: pároco, catequistas, pais, catequizandos e as outras pastorais.
Este ministério deve ser exercido com alegria, como uma fonte de espiritualidade, como um serviço em prol do Reino: animando os catequistas, abrindo novos horizontes, atualizando-se continuamente, estando em sintonia com as orientações diocesanas, criando um clima de acolhida, partilha e confiança. Desse modo, a catequese surge como luz na comunidade.
Existem diversas maneiras de exercer o ministério da coordenação. Dentre elas destacamos as seguintes:
               • Coordenação centralizadora – Sobressai a função. Não divide tarefas. Não confia totalmente no grupo. Normalmente uma coordenação centralizada é autoritária, por vezes distante da caminhada da catequese e dos reais problemas dos catequistas, dos catequizandos, dos pais e da comunidade cristã. Numa coordenação centralizada, com facilidade surgem os descontentamentos, as divisões, os subgrupos, o desânimo e as desistências.
               • Coordenação fraterna, democrática – caracteriza-se pelo serviço pela animação, pela distribuição das tarefas, pela confiança nos catequistas, pelo amor aos pais dos catequizandos, pela vivência comunitária, pela preocupação com a formação dos catequistas, pelo relacionamento humano, afetivo, carinhoso, alegre, mesmo nos erros e nas tensões.
Acolhe as sugestões, aceita com humildade as críticas, aponta sempre uma luz nas horas de tensões. Acima de tudo, elabora um projeto catequético participativo capaz de gerar um processo de educação da fé na comunidade.
EM RELAÇÃO ÀS PARÓQUIAS DEVEMOS:
CONHECER
• O pároco
• O coordenador
• Horário/ cronograma
• Tipo de materiais
• Talentos especiais
• Critérios de avaliação

APARECER
• Reuniões
• Periodicamente nos eventos
• Acompanhar nas solicitações

OFERECER
• Presença, ouvido, ombro
• Troca de experiências
• Sugestões de material
• Notícias
• Canal de reinvidicações
EM RELAÇÃO AO VICARIATO:

• Trazer o sucesso , a dificuldade
• Divulgar material
• Sugerir, tomar iniciativa
• Conhecer a equipe
• Avaliar criticamente tudo que faz
• Pontualidade nos prazos
EM NÍVEL PESSOAL:
                      • Ser pontual, fraterno com as pessoas, ter cuidado com a sensibilidade do irmão.
                       • Ser atualizado, com textos, manuais catequéticos e diretrizes gerais da Igreja.
                             • Fazer constantes pesquisas para se aprimorar e atualizar.

Reflexão:
- Que outras atividades fazem parte do ministério da coordenação?
- Como fazer do ministério da coordenação uma fonte de espiritualidade e de serviço à catequese?
- Que caminhos as coordenações precisam percorrer para a dinamização da Catequese na comunidade?

A Catequese nos últimos anos deu passos significativos. Em toda parte percebe-se um fervilhar de novas experiências e métodos mais adequados que nos orientem na caminhada. Este processo de renovação depara-se com alguns desafios: a catequese não pode ser uma simples iniciativa baseada na boa vontade, na improvisação. Disso decorre a necessidade de pensar, organizar e atualizar a catequese, buscar novos rumos, animar os catequistas, criar um clima humano-afetivo. Surge assim a missão do coordenador do qual depende em grande parte a dinâmica e a renovação da catequese numa comunidade.
“A atividade pastoral não pode processar-se às cegas. O apóstolo não corre em busca do incerto, nem golpeia no ar.” (Paulo VI)
Coordenação vem da palavra “co-ordinatione” que significa “dispor certa ordem ou método”, organizar o conjunto, por em ordem o desconjunto”. É uma “co-operação”, uma ação de “co-responsabilidade entre os iguais”. A coordenação promove a união de esforços, de objetivos comuns e de atividades comunitárias, evitando o paralelismo , o isolamento na ação catequética. A coordenação tem por finalidade criar relações, facilitar a participação, desenvolver a sociabilidade, levar à cooperação, comprometer na co-responsabilidade, realizar a interação e tornar eficaz o conjunto da caminhada catequética.
Para essa missão se requer um trabalho de grupo, e não de uma só pessoa.
A catequese renova-se mais rapidamente, especialmente no mundo urbano, quando uma comunidade investe na equipe de coordenação e esta assume sua missão articuladora, animadora da catequese .

Nesse sentido o MINISTÉRIO DA COORDENAÇÃO reveste-se de uma mística, de uma espiritualidade, de uma missão. Coordenar é integrar animar, avaliar, revisar, celebrar, incentivar a caminhada da catequese.O ministério da coordenação é o serviço que mantém viva a caminhada da catequese em sintonia com as opções diocesanas, paroquiais, e segundo as exigências de uma catequese renovada. E o coordenador encontra seu modelo, sua inspiração e a fonte de graça para exercer seu ministério na Pessoa de Jesus.
Sabemos que Jesus Cristo não quis assumir sua missão sozinho. Fez-se cercar do grupo dos doze (Mc 3,13). Com eles vai criando sua comunidade. Os Evangelhos nos mostram que várias atitudes de Jesus caracterizam-se por um amor cordial e concreto pelas pessoas. Vejamos algumas situações:

a) Jesus conhece as pessoas e as aceita como são. Parte daquilo que são os discípulos, e não daquilo que deveriam ser para conduzir cada um a um crescimento cada vez mais profundo (Jo 20,27; Lc 22,61; Lc 24, 13-35).

b) Jesus exerce sua autoridade com caridade. É aquele que serve ( Jo 13,1-20). “ Eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45). Para Jesus, todos têm uma caminhada a fazer, uma conversação a realizar, uma esperança a construir. A grande norma do grupo é o mandamento do amor.

c) Jesus situa-se dentro da comunidade e a dirige com amor. A presença de Jesus é viva no meio da comunidade. Ensina a partilhar e ser solidário em tudo (Jo 6,1-15).

d) Jesus fala da necessidade de sua paixão e convida seus discípulos a partilhar sua Cruz, vivida e assumida na fé e na esperança, porque passando por ela constrói-se o Reino (Lc 9, 22-26).

e) Jesus criou uma comunidade para a Missão. A comunidade é um caminho de crescente fraternidade e abertura para a missão. O apóstolo Paulo nos alerta (Rm 12, 9-21) para que tenhamos os mesmos sentimentos de Jesus Cristo. Isto é, que a nossa missão de coordenadores não seja uma forma de vanglória e nem um fardo nos ombros dos outros, mas que seja uma continuidade da missão de Jesus Cristo na edificação do Reino.                                                                      
                                                                                                                   Fonte: Internet

sábado, 6 de novembro de 2010

Reunião com os coordenadores paroquiais.

Reunidos, no salão paroquial da Paróquia do Rosário, os coordenadores refletiram sobre o papel e a atuação do coordenador. Como texto para aprofundamento, utilizamos o DIRETÓRIO NACIONAL PARA A CATEQUESE, nºs do 314 a 318 e 326 e, ainda ficou sugerido que todos devem estudar o texto na íntegra ( do 314 ao 330).
Após um tempo de discussão em grupos, alguns catequistas teceram considerações:
"No papel de coordenador, é fundamental que o mesmo seja sensível para perceber que grupo tenho e o que este grupo precisa..." Monica Salgado.
" É muito difícil ser coordenador, nem todos entendem o que temos que fazer... as vezes penso em desistir." Mª Auxiliadora.


Precisamos ter convicção da nossa MISSÃO de coordenação, para que possamos ajudar aqueles que dependem, esperam e contam conosco... Que Maria, primeira Catequista, nos faça compeender os desejos do seu Filho Jesus Cristo. Que, como ela, possamos ter escuta apurada para ouvir A PALAVRA DE DEUS e, coragem para levar à todos os seus ensinamentos.



Em seguida, avaliamos a caminhada do ano em curso e levantamos propostas para 2011... Logo postaremos uma sítese do material, bem como a lista das atividades propostas para o ano vindouro.