segunda-feira, 26 de julho de 2010



Diretório nacional de catequese - Doc. CNBB 84

O objetivo geral do Diretório Nacional de Catequese é apresentar a natureza e a finalidade da catequese, traçar os critérios de ação catequética, orientar, coordenar e estimular a atividade catequética nas diversas regiões. Pretende, para tanto, estabelecer princípios bíblico-teológicos para promover e impulsionar a renovação da mentalidade catequética; orientar o planejamento e a realização da atividade catequética; coordenar as diversas iniciativas catequéticas; estimular e articular a ação catequética com as outras dimensões da pastoral.

Os Diretórios Geral e Nacional contêm alguns destaques a serem considerados no que respeita às fontes da catequese, à formação de catequistas, à revalorização do catecumenato, segundo as características da pedagogia de Deus: a centralidade de Jesus caminho, verdade e vida, a ação do Espírito Santo, a catequese para pessoas com deficiência, o princípio metodológico da interação entre fé e vida e, finalmente, a consideração de Maria, mãe e educadora de Jesus e da Igreja.

Dividem-se em duas partes. Na primeira, destacam-se os fundamentos teológicos e pastorais da catequese, levando-se em conta, no Nacional, a prática da Igreja no Brasil, bem como as bases bíblicas e litúrgicas da catequese e os "catecismos" adotados na Igreja.

Na segunda parte, de caráter mais prático, faz-se uma análise da pedagogia catequética, precisando quais são os seus destinatários, considerados interlocutores no processo, quais os seus agentes e, por fim, onde e como se organiza de maneira concreta em nosso país. Importante é assinalar a continuidade existente entre o atual Diretório Nacional e o anterior documento sobre a Catequese Renovada, dadas as condições em que se desenvolve a ação da Igreja no Brasil.
Ir. Zélia Maria Batista - Assesora catequese CNBB

Falamos sobre tudo nesta entrevista. A Ir.Zélia é uma das assessoras nacionais da catequese. Segundo ela, é preciso mudar a nossa postura como catequistas e fazermos da catequese algo diferente do que está aí no momento. Interessante a entrevista. Serve como um alerta para várias aspectos que são também pontuados por catequistas de todo o Brasil

domingo, 25 de julho de 2010

"CONHECER a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; TÊ-LO encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e FAZÊ-LO conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria."
(DA 29)

O que é iniciação

Até pouco tempo, eu e acredito que todos os catequistas daqui , também os pais, tínhamos uma visão errada de "iniciação". Nós os catequistas que preparávamos os catequizandos para a Eucaristia, nos denominávamos catequistas de iniciação. Os pais quando procurava para inscrição, dizia: "Quero colocar meu filho na catequese de iniciação". Então, ao nosso ver, iniciação era para os pequenos e para a Eucaristia. Fomos acostumados assim. Hoje ,ainda nos corrigimos e aos poucos estamos passando isso aos pais. Temos consciência e percebemos que iniciação é muito mais, e isso só faz aumentar nossa responsabilidade como catequista. (Imaculada)

...As vezes ouvimos nos noticiários da TV: "Aquele jovem foi iniciado no mundo do crime e das drogas muito cedo..."
Veio então a pergunta: O que é iniciação?
A palavra iniciação é parecida com introdução. Num livro, a introdução tem a finalidade de colocar o leitor "por dentro" do assunto a ser tratado, seu objetivo, temas, etc. Assim, "iniciação" tem o sentido de ir até dentro, começar algo, começar a agir a partir de dentro, apaixonadamente, decididamente... É como a raiz da árvore; vem lá do fundo... A iniciação cristã não é simplesmente uma preparação para receber este ou aquele sacramento.
Devemos ter cuidado para não reduzir iniciação cristã à preparação para o Batismo, Eucaristia ou Crisma. É muito mais do que isso! Trata-se do amadurecimento e da educação da pessoa para a vida cristã, nas sua três dimensões mais importantes: fé, liturgia e compromisso com o mundo.
É tempo de aprofundar as raizes, como a árvore, para crescer e dar frutos de acordo com a proposta de Jesus. Daí a importância da criança permanecer na catequese de perseverança/crisma/grupo de jovens... E isso depende muitas vezes do apoio dos pais.
Fonte: Ecoando 52


CATEQUISTA É COMO CANA DE AÇÚCAR
Passo à vocês, um trecho do livro “Educar pela conquista e pela fé” do Felipe Aquino, que podemos muito bem usar nos nossos encontros.
“Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, nenhum porco morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão. Temos que vencer pela força da razão e não pela razão da força.
Devemos ser como a cana de açúcar, que, mesmo posta na moenda, esmagada de todo, reduzida a bagaço, só sabe dar doçura...”
Sei que esse trecho vai te incomodar um pouquinho, assim como me incomodou, pois a nossa realidade é gritante e nós muitas vezes queremos gritar mais ainda. Outro dia, passei por uma sala de catequese, que parecia ter mil crianças, de tanta conversa, entrei e as questionei, como conseguiam captar alguma coisa com aquela proza toda e comecei a fazer algumas perguntas
sobre o encontro dado, no que os falantes responderam direitinho, tudo bem que a catequista estava totalmente sem voz, pois pra ser ouvida, tinha que aumentar cada vez mais o tom da voz e isso sabemos que acontece automaticamente, quando percebemos estamos berrando e ficamos agitados, cansados, saímos do encontro parecendo essa cana passada pelo engenho, sugada ao extremo...
E percebi uma outra coisa que podemos ajustar nos encontros, de um lado a turma dos falantes, do outro a turma dos calados, podemos e devemos mesclar, evitando assim as panelinhas de pressão que nos fazem explodir.
Faço uma dinâmica que quase sempre funciona, quando estou tentando passar alguma coisa e não consigo por conta da conversa, paro o que estou falando e baixinho começo a rezar uma ave-maria e automaticamente todos começam a rezar e estão tão distraídos que nem sabem o porque da Ave-Maria, no que falo pausadamente : “se for necessário rezamos aqui um terço inteiro... posso continuar?”. Quase sempre dá certo, ao menos por um tempo.
Fazer com que nossos catequizandos saibam o momento de falar, o momento de escutar é algo muito difícil, pois eles não foram educados para esse momento de escuta das coisas de Deus.
Aí está uma das nossas maiores dificuldades na catequese... Fazer com que a voz de Deus seja ouvida, meio a tanto ruídos...

Que a Virgem do Silêncio interceda por cada um de nós!!!
Um beijo silencioso! Escute como sussurro : “Jesus te ama muito”! Sabia?

quinta-feira, 22 de julho de 2010



Encerramento do Ano Catequético no NE 2 estimula à missão
“Nós somos gente simples, fazendo coisas pequenas, as vezes em lugares desconhecidos, mas transformando o mundo e as pessoas”. Foi com este provérbio africano que o bispo de Mossoró (RN) e responsável pela dimensão bíblico-catequética no Regional Nordeste 2 (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas), dom Mariano Manzana, definiu a atividade dos catequistas, no encerramento do Ano Catequético neste Regional, realizado ontem, dia 8, em Campina Grande.

O evento, que reuniu cerca de seis mil pessoas na casa de shows Spazzio, bairro do Catolé, foi marcado por uma celebração eucarística, presidida pelo bispo diocesano de Campina Grande, dom Jaime Vieira Rocha, e concelebrada por dom Mariano Manzana e dom José Gonzáles, bispo da Diocese de Cajazeiras, Sertão paraibano, bem como pelos sacerdotes presentes. A programação contou também com um show do cantor Zé Vicente e uma celebração de envio.

Segundo uma das coordenadoras de catequese do Regional Nordeste 2, Giselma Alves, o evento estimulou à missão. “Este grande encontro e todas as ações do Ano Catequético foram oportunidades de fortalecer a missão evangelizadora dos catequistas. Se abre uma nova estrada que iremos trilhar como verdadeiros semeadores do evangelho”, frisou.

O entusiasmo foi percebido entre os participantes. É o que confirma a catequista da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário na Diocese de Campina Grande, Socorro Guimarães. “Conheci pessoas de outros Estados, escutei experiências que irão me ajudar no serviço pastoral e participei de uma celebração festiva e dinâmica. Estou renovada para dar novos passos na minha caminhada”, destacou.

O bispo da Diocese de Campina Grande, dom Jaime Vieira Rocha, enviou os catequistas desejando que eles voltem para as Igrejas “com alegria e ardor missionário”.

Encontro Regional com Coordenadores Diocesano de Catequese.
Quer aconteceu nos dias, 08, 09, 10 e 11 de Julho, em Garanhuns Pernambuco, no seminário São José
Tivemos como assessora: Ir. Zélia- Assessora Nacional da CNBB- Dimensão Bíblico- Catequética.
O Encontro teve como tema: Iniciação à Vida Cristã.
PARTICIPARAM DO ENCONTRO 58 COORDENADORES DAS DIOCESES DE: PARAÍBA, PERNAMBUCO, RN E ALAGOAS.
‘’SER CATEQUISTAS É SER JARDINEIRO DE GENTE’’
Daqui da diocese de Campina Grande, foram 7 coordenadores diocesano representaram a diocese, que tem a frente Padre Eude Gomes, Pároco da Paróquia Sagrada Família, no rocha Cavalcante e Giselma Alves (Articuladora de Catequese na Província da Paraíba), Porto, Glória e o seminarista Aldvan e Ricardo Soares.

domingo, 11 de julho de 2010




Os coordenadores de catequese de 14 dioceses do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) estiveram reunidos, de 08 a 11, no Seminário São José, diocese de Garanhuns (PE). Nestes dias a assessora nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequético da CNBB, Irmã Zélia Batista, conduziu os trabalhos em torno do tema “Iniciação à Vida Cristã”, estudos da CNBB número 97.
“Registramos a presença de 58 participantes dentre eles o Bispo referencial para a Catequese no Regional, Dom Mariano Manzana, Bispo de Mossoró (RN), sacerdotes, religiosas, seminaristas, leigos empenhados na catequese em nossas Igrejas”, destacou a assessora da CNBB.

Segundo Irmã Zélia, o encontro favoreceu a compreensão, a vivência e a partilha da catequese de inspiração catecumenal que deve nortear a ação catequética. A reflexão iluminou o caminho que deverá ser trilhado em nossas dioceses, através da apresentação de uma prática do catecumenato crismal, referencial metodológico para implementação do projeto de iniciação à vida cristã nas dioceses, que exige a participação de todos, de modo especial da comunidade catequizadora.

Carta aos catequistas

Itaici, Indaiatuba, 11 de outubro de 2009.

Queridos (as) catequistas,
“A graça esteja com todos aqueles que amam nosso Senhor Jesus Cristo com amor perene” (Ef 6,24).

“Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles” (Lc 24,15).
Estamos reunidos em Itaici, participando da III Semana Brasileira de Catequese. Aqui viemos de todos os cantos do país na certeza de que o Senhor caminha ao lado de cada catequista do Brasil. Louvamos e bendizemos ao Senhor por esta oportunidade de comunhão que reúne as diversidades, reveladoras da beleza da ação catequética manifestada em cada região desta grande nação.

“E Jesus perguntou: O que é que vocês andam conversando pelo caminho?” (Lc 24,17).
Como os discípulos de Emaús, viemos partilhar nossas dores e alegrias, sombras e luzes da caminhada catequética. Constatamos que não vivemos só uma época de mudanças, mas uma mudança de época. É nesta hora que o Espírito diz às Igrejas para encontrar novos caminhos.

“Jesus explicava para os discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele” (Lc 24,27).
No espírito do Ano Catequético Nacional, refletimos sobre a Iniciação à Vida Cristã e a missão da catequese neste processo, como parte do caminho que conduz ao seguimento de Jesus Cristo.
A partir do encontro pessoal com Jesus Cristo Vivo, queremos formar comunidades de discípulos missionários. Que pela presença amorosa de Deus em nossa vida, as nossas comunidades se tornem instrumentos do Reino, onde as pessoas façam a experiência de família, alicerçadas no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e na oração (cf. At 2,42).

“Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e o abençoou, depois partiu e deu a eles” (Lc 24,30).
Em clima celebrativo, nossa oração cotidiana, a partilha da Palavra e a Eucaristia têm sido momentos enriquecedores de nossa experiência pessoal de Cristo Jesus, quando abrimos mais ainda nossos olhos para reconhecer sua presença. Deixamo-nos guiar pelas luzes do Espírito Santo, que nos orienta, a fim de que trilhemos nosso caminho fortalecidos pela graça do Senhor.

“Na mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém...” (Lc 24,33a).
Estamos chegando ao momento de voltar para a nossa Jerusalém, as nossas dioceses. Queremos, com alegria, contar o que aconteceu conosco neste caminho. Convidamos vocês a tomar conhecimento das reflexões desta semana, interessando-se pelo tema da Iniciação à Vida Cristã e pelos subsídios que serão publicados como fruto deste evento.
Venham caminhar conosco com coragem, enfrentando com alegria, criatividade e audácia os novos tempos de evangelização. Deixem arder os seus corações “quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão” (cf. Lc 24,32.35). Que Maria, a discípula fiel, interceda por nós neste caminho!