domingo, 25 de julho de 2010



CATEQUISTA É COMO CANA DE AÇÚCAR
Passo à vocês, um trecho do livro “Educar pela conquista e pela fé” do Felipe Aquino, que podemos muito bem usar nos nossos encontros.
“Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, nenhum porco morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão. Temos que vencer pela força da razão e não pela razão da força.
Devemos ser como a cana de açúcar, que, mesmo posta na moenda, esmagada de todo, reduzida a bagaço, só sabe dar doçura...”
Sei que esse trecho vai te incomodar um pouquinho, assim como me incomodou, pois a nossa realidade é gritante e nós muitas vezes queremos gritar mais ainda. Outro dia, passei por uma sala de catequese, que parecia ter mil crianças, de tanta conversa, entrei e as questionei, como conseguiam captar alguma coisa com aquela proza toda e comecei a fazer algumas perguntas
sobre o encontro dado, no que os falantes responderam direitinho, tudo bem que a catequista estava totalmente sem voz, pois pra ser ouvida, tinha que aumentar cada vez mais o tom da voz e isso sabemos que acontece automaticamente, quando percebemos estamos berrando e ficamos agitados, cansados, saímos do encontro parecendo essa cana passada pelo engenho, sugada ao extremo...
E percebi uma outra coisa que podemos ajustar nos encontros, de um lado a turma dos falantes, do outro a turma dos calados, podemos e devemos mesclar, evitando assim as panelinhas de pressão que nos fazem explodir.
Faço uma dinâmica que quase sempre funciona, quando estou tentando passar alguma coisa e não consigo por conta da conversa, paro o que estou falando e baixinho começo a rezar uma ave-maria e automaticamente todos começam a rezar e estão tão distraídos que nem sabem o porque da Ave-Maria, no que falo pausadamente : “se for necessário rezamos aqui um terço inteiro... posso continuar?”. Quase sempre dá certo, ao menos por um tempo.
Fazer com que nossos catequizandos saibam o momento de falar, o momento de escutar é algo muito difícil, pois eles não foram educados para esse momento de escuta das coisas de Deus.
Aí está uma das nossas maiores dificuldades na catequese... Fazer com que a voz de Deus seja ouvida, meio a tanto ruídos...

Que a Virgem do Silêncio interceda por cada um de nós!!!
Um beijo silencioso! Escute como sussurro : “Jesus te ama muito”! Sabia?

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